We Heart It
Talvez a mesma regra não se aplique a todas os estudantes envolvidos na dança mas nós vivemos dançando na escola. Na verdade, é mais do que isso: Não conseguimos não dançar. Basta encontrar um corredor vazio para pensar em
grand jetés, basta uma brecha, uma oportunidade, e lá estamos nós piruetando. Isso só passa a ser de fato um problema quando se muda de escola: Antes todos estavam familiarizados conosco, dançávamos sem restrições, tanto no pátio como na sala de aula (no intervalo entre as aulas de um professor e outro, mas claro); agora temos que nos contentar com o fundo da sala, passos rápidos, mais discretos, nada de coisas espalhafatosas nem poses bailarinísticas - a não ser no banheiro feminino. E ainda assim nos olham com cara de "que diabos vocês estão fazendo?". Pelo menos nos acham estranhas juntas. Mas sabe o que pensamos a respeito disto? Nós estamos fazendo o que é preciso. Esperando. Pois ainda há de haver o momento em que poderemos dançar em qualquer lugar e responder aos questionadores - se eles existirem - "é o que fazemos".
A questão é que essa espera não precisa ser tão chata como todas as outras, aliás, se o pessoal na fila do banco costuma se distrair usando fones de ouvido para escutar sua playlist, nós, na fila da vida, temos o mesmo direito de ir dançando dia após dia até que chegue a nossa vez. Enquanto os fones estiverem lá e não incomodarmos pessoas com outros gostos musicais, está tudo certo.
"- Vamos piruetando por esse corredor?"
"- Oxente! Na hora!"
"- Rápido, antes que alguém apareça!"
Escrito por Sara e Megan